A crise da ciência moderna vem se manifestando nas mais diversas áreas do conhecimento e fazendo emergir, através dos estudos e debates, novas dimensões. Várias transições importantes estão coincidindo "estamos perante processo de mudança altamente contraditórios e desiguais, variáveis na sua intensidade e até na sua direção"(Santos,2001:19). Com a crise da ciência moderna, conceitos como verdade e realidade - construídos em oposição à idéia do relativismo vão se modificando.
Vimos a transformação do mundo pelo homem através de suas descobertas, na busca constante da verdade para explicação da realidade, tornando-se o próprio fundamento da ciência. Essas descobertas, que não pretendem se constituir em verdade única, penetram nas mais diversas áreas de conhecimento, abrindo uma nova dimensão epistemológica para as Ciências Humanas e trazendo novas possibilidades para as práxis pedagógicas tidas como tradicionais.
Segundo Bonilla, na conteporaneidade faz-se uma constante o reexame dos princípios e valores de nossa cultura, dos modos conceituais que explicavam e justificavam a forma como construíamos conhecimento e nos relacionávamos, uma ressignificação das concepções mecanicistas sobre o pensamento, o conhecimento e a comunicação que também impregnam o sistema educacional. Existe uma ligação entre as tranformações tecnológicas e científicas com as que vem ocorrendo nas relações entre as pessoas e nas formas de organização da sociedade atual, e é nesse contexto de intensas mudanças que estão inseridos os processos educativos e as práxis pedagógicas.